Por estes dias, a familia tem estado quase toda junta.
Revejo-me em imagens, as situações d'agora têm novos protagonistas: as minhas sobrinhas! A cena é a mesma, o tio Djunga tentando fazer com que ambas, doces terríveis e irriquietas, ouçam a estória que todos já conhecemos quase que de cor e salteado: "na antiga Babilonia, na cidade de Bagdad, vivia um aventureito chamado Abdul, o filho do sapateiro,..."
O tio Djunga teve, desde sempre, o mérito de nos ter tentado mostrar coisas bonitas, quer riscadas, desenhadas, pintadas e/ou escritas!
Uma dessas coisas bonitas, que hoje faz mais sentido para mim, é este Xicuembo, que partilho-o com todos e podendo dedicar este prazer, dedico-o "Aquela cativa, Que me tem cativo":
Xicuembo, de Rui Nogar
Eu bebeu suruma
dos teus ólho Ana Maria
eu bebeu suruma
e ficou mesmo maluco
agora eu quero dormir quer comer
mas não pode mais dormir
não pode mais comer
suruma dos teus olhos Ana Maria
matou sossego no meu coração
oh matou sossego no meu coração
eu bebeu suruma oh suruma suruma
dos teus ólho Ana Maria
com meu todo vontade
com meu todo coração
e agora Ana Maria minhamor
eu não pode mais viver
eu não pode mais saber
que meu Ana Maria minhamor
é mulher de todo gente
é mulher de todo gente
todo gente todo gente
menos meu minhamor.