15 de novembro de 2019

De um salto no tempo veio mais uma para acordar o Trivial
"Tempu a tempu N'ta tem um sentimentu, Ki ta rotxa'n curaçon, Ê ta salta'n pa papel. N'ka ta flal ma n'ka mestel, Ê ta bira'n um oraçon. Dja'n fla Joy ma keli ê mesti n'doxanhe'l, Dal um toki i canta'l. Pamodi ê kastigan. I quenhi ki pol kria Dja'n ka conche'l! Poesia ki fica'n.
Quenhi ki mi n'kria Dja ka kel mê! Kel ki n'bem conxi ê k'ê dimeu. É rima'n faxi ku nha kretxeu."
João Pedro Ramos (2015-10-01)

18 de junho de 2014

revista.kapa

Extracto de um artigo publicado na revista K, vinte anos antes de nascer o meu primeiro filho.
Recordo este artigo com prazer, 
agora que acompanho o meu Alex nas idas ao seu barbeiro tradicional.

"Das modernas perversões, não consigo imaginar nenhuma pior do que os cabeleireiros unissexo. Não é só a perda de mais um universo masculino - é o abandalhamento de um ritual de iniciação. Ir ao barbeiro desde menino, acompanhado pelo pai, é um dos hábitos mais saudáveis para a educação de um rapaz. Logo em pequeno aprende a conviver com conversas sobre mulheres, política e futebol enquanto é acarinhado por aquele que, a partir desse momento mágico, irá ser o seu barbeiro. Ao longo dos anos, o barbeiro torna-se cúmplice na vida do adolescente: fala-lhe dos estudos, da vida, conta anedotas, pergunta-lhe como estão os pais, estimula namoros e pequenas marialvices. Aos poucos, o rapazinho vai sendo capaz de acompanhar e começar as conversas que ouvia quando pequeno, e a partir daí nasce uma grande amizade. Agora, expliquem-me como isto é possível num «cabeleireiro unissexo»."
by Nuno Miguel Guedes

fonte: http://kapa.blogspot.com/2003/11/o-barbeiro.html
         https://www.facebook.com/RevistaKapa